domingo, 6 de fevereiro de 2011


Um dia tu despertas, após ter tido dois tipos de sonhos.
O primeiro não te lembras, porém o último,
querias não recordar.
Escova teus dentes. Come teu pão.
Lê as notícias do dia e assim vai para o trabalho.
Com o sonho que carrega contigo.
E tu te inquietas porque não o deixas.
E tu não o deixas porque te provoca.
Tentas arrancá-lo à força como se fosse uma farpa debaixo da unha
mas a memória,
a memória é um músculo que lateja!
E o sonho que durou a manhã inteira te convida para almoçarem juntos
e antes, sequer, de tê-los digerido, o jantar chegará com as horas
mas a tua fome não.
E elas se arrastam com os ponteiros, dispostos. E o teu ânimo não.
E o telefone que toca, não toca mais alto que o teu coração.
Mas já não te irritas.
Pois tua cabeça está longe e a única garantia que vivo estás,
(além do teu peito que arfas),
são os teu olhos, marejados.
E já não pisca pois até teu suor escorrendo na nuca parou para te lembrar.
Que o sonho que tiveste primeiro, fora tua vida inteira até ontem
e o segundo,
como ela poderia ter sido.
E tu, nessa hora compreende
que o que te frustra, não é o sonho que lembras,
nem a vida que ignoras.
Tu te condenas pelo descontrole nas pálpebras
e no teu corpo,
que só obedecem a tua consciência,
ditando o quanto vale a pena sonhar
e até onde deve manter-se acordado.

Que sua vida
seja decidida
por um movimento
involuntário

E agora que amanhece, a realidade é só uma:
tudo estará se abrindo.
Menos teus olhos cansados.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

ARI BORGER QUARTET, sinta-se grato!


Hoje eu descobri uma banda. E ela é um tesouro! Sim, Ari Borger Quartet é a crème de la crème no quesito Blues-Jazz&Soul atuais. O nível? Internacional. Quanto paguei pra ver? De graça. Estado de graça.

É impossível exprimir o que é Ari Borger Quartet senão ouvindo-o. Comece pelo álbum Backyard Jam que anda fazendo eles se apresentarem junto à nomes como B.B. King em festivais por aí. Se teve uma New Orleans experience não se engane, o tecladista morava lá. Ouvindo aquilo tudo misturado à sons e inserções nordestinos, arrisco dizer que Ari Borger Quartet é um começo de Cinematic Orchestra Tupiquim. Obrigada meninos! O show foi equivalente à um pensamento de hiper satisfação adquirida pelo custo-benefício infinito de , de repente, fim de tarde, nada pra fazer, acho que vou consultar o Sesc. De graça. De cara. Minha consciência me açoitava , parecia que eu estava devendo algo à banda. Muita gente ali deve ter comprado o álbum, que por 20 reais não pagaria a qualidade de excelência que nos ofereceram.

Ouçam Baião Psicodélico, a última faixa do disco e garanto-lhes uma epifania de "é isso aí, cara, é disso que tô falando!". Com um agrado sonoro a eloquência musical é nítida e se alastra como a seca pela paisagem. Feito o solo. Aquilo que não fora nutrido. Há uma alma que almeja esse órgão. Ora obsceno, ora sagaz. Rápido e certeiro. Mal via os dedos, fundidos uns nos outros igual asa do beija-flor. Dá pra discernir?
Ah! A substância! Como explodia dentro do ouvido e ia escorrendo pelas vísceras. Ari Borger Quartet penetra, ou melhor: invade.

O estímulo é latente se começar por Nasty! acabando com uma massagem no ânimo daquelas, feito New and Dusty. Dá até pra ver um asfalto infinito cravado no meio do deserto.

Álbum pra se ouvir inteiro, na ordem, com seu amigo Carlos, depois de alguns drinks, à beira de uma noite improvável.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Lista de coincidências


3 coincidências em menos de 12 horas.

Coincidência número 1: ouvir Malagueña Salerosa durante a manhã, e à noite descobrir que a música dos créditos em Kill Bill Volume 2 é Malagueña Salerosa.


Coincidência número 2: ficar com a imagem de uma espada samurai na mente e durante a tarde e à noite passar Kill Bill Volume 2.


Coincidência número 3: abrir na página 127 de Para Além do Bem e do Mal, antes de dormir, e ler "meu amigo, não se permita loucuras senão a que lhe dêem grande prazer - a frase mais maternal e mais inteligente que já foi dirigida a um filho" depois ter assistido o filme mais maternal e inteligente de todos: Kill Bill.

Eu acreditaria que filmes são proféticos e a TV é o templo sagrado, não fosse pelo fato de que coincidências, meu amigo, acontecem o tempo todo. E isso é outra coincidência maior e externa, (malditos sejam os pensamentos fractais!)

EVERdade.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

No.thing




Porque eu sempre penso em morrer?
Deve existir algo em mim que foge completamente do padrão normal de existência. Eu simplesmente acho que nem existo às vezes.
Como se eu fosse uma alucinação coletiva. Minhas opiniões, pontos de vista e valores não correspondem com o da maioria.
Quão pesaroso é viver desse jeito! Eu só quero dizer que não aguento mais. Como esperam que alguém feito eu aguente a mediocridade do cotidiano por uma vida inteira?
Vida. Inteira. Acho demais.
Pra ser sozinha, pra falar com as paredes. Ninguem entenderia mesmo.
Detesto ter consciencia de tudo isso que sou, do que não sou, de como as pessoas são satisfeitas de serem quem elas são: tolas.
A melhor maneira de viver então é enganar-se de que tudo está bem? Eu não quero!
Como pessoas que possuem esse conflito inteiror se dão bem na vida? Me ensinem, porque eu só perco as esperanças.
Má fase, talvez. Mas quantas má fases vou precisar ter ainda pra perceber que minha vida é um eterno fracasso?
Coleciono dias ruins. Os bons eu já esqueci, inundado pelas angústias corriqueiras.
Eu acho que realmente não existo.
Então qual a diferença entre morrer ou ficar escrevendo sobre isso?
Quisera eu mais coragem, ou mais covardia.
Nenhum dos dois, continuo no nada.

domingo, 21 de novembro de 2010

Nikola Tesla, o grão-mestre-varonil


Bom, hoje vou falar do gênio, do psicótico, do reverendo, do revolucionário. Daquele que blasfemara Einstein e zombara da Física no século XX. O discípulo da ciência pura, o Jesus Elétrico: Nikola Tesla! *aplausos*assovios*sutiã no palco*seguranças!

Aquele que conseguiu devastar uma floresta na Sibéria, com um experimento do alto de uma torre nos EUA. Uma explosão equivalente a 15 megatons de TNT (coisa-pouca) com um tal de Raio da Morte que posteriormente foi por ele desmontada, tamanho o cagaço que adquiriu de partir a Terra em duas.

Se um dia, Deus falar com você: "meu filho, chegou o momento de você conhecer minhas obras e dar graças" você, por favor, tenha o mínimo de decência nessa sua cara e recuse. Diga "Muito obrigado Seu Deus, mas eu tô na fila pra conhecer aquele outro cara ali, o Tesla, a verdadeira luz da humanidade" (créditos pro Tim Maia e sua Energia Racional)

Pra você ter uma noção do gabarito tecnológico que o vingador do futuro fracassado inventou, segue a lista:
a máquina de raios X, o rádio, o sistema de iluminação pública e distante, lâmpada fluorescente, o tubo amplificador a vácuo, o radar, e tudo o mais que dependemos pra viver porque sem a corrente alternada tudo a nossa volta seria escuridão e obsolência e isso, inclui sim senhor sua internet sagrada, controles remotos e aparelhos móveis"
Ele chegou a dizer que seria possível fotografar pensamentos através de um dispositivo que interpretasse os impulsos elétricos que o cérebro envia quando lembramos de uma imagem. Assim como outros aparatos, que iam de codigo morse alienígena (sempre declarou que se comunicava com marcianos e isso era de extrema importância para o avanço da humanidade) a teletransporte. Para ele era possível e a própria corrente alternada foi taxada de impossível pela boca de Tommas Edison, num passado anterior.
Tesla deu um salto faraônico na evolução científica que a ciência tem que lavar suas cuecas no tanque todos os dias ad infinitum. O Thommas Edison, aquele almofadinha foi o larápio da história toda. Fodeo com a vida do cara quando descobriu que seus estudos eram de longe mais significativos. Começou a eletrocutar animais em público para que a população se enganasse sobre os verdadeiras qualidades da corrente alternada. Edison acabou com Tesla e não suficiente organizou uma verdadeira conspiração anti-Tesla na comunidade científica para não aceitar suas idéias avançadissimas, uma vez que ele era foda na época e daqui muito tempo ainda.
Dizem que Tesla nunca usava papel ou cadernos pra anotar nada. Estava tudo na mente, em feixes de enrgia, clarões que inundavam sua visão e por vezes o transtornava, ao ponto do tic tac do relógio levá-lo a crises profundas psícossomáticas. Mas essa não é nem a a mais estranha característica dele. Tesla não cumprimentava com apertos de mão dizendo sempre que havia se machucado. Nunca teve relações sexuais de hipótese alguma com mulheres, homens, animais, árvores. Afirmava que relar em cabelos ou pele era algo repugnante. Claaaro: postes elétricos são bem mais excitantes!
Tesla foi chamado atenção por um funcionário durante um experimento. A ilha toda estava sofrendo tremores vindo das paredes do seu laboratório. Ou seja,
numa hora dessa o raio do picachú foi parar no cú dos japoneses e a kryptonita lá perto também. Tesla era o real superherói. Inclusive, exitiu um personagem nas primeiras revistas do Superman que se chamava Tesla e era retratado como um inventor maluco no quadrinho *paguepau imediatamente.
Outra coisa excêntrica de Tesla era que ele media sua comida. Pegava o prato, os talheres e media com precisão com uma régua cada milímetro. Jogava nacos de carne do seu almoço na água pra poder calcular seus centímetros cúbicos. Um doente de primeira.
Trabalhava por dias e dias a fio, sem parar sequer para beber água ou comer, ou dormir. Sua vida era inventar. Na infância construía coisas inacreditáveis como uma moinho de água sem pás, uma arma pra caçar sapos que extinguiu a população desses animais em toda a região bem como um gerador de energia movido a insetos: ele colocava muitos deles numa reservatório que ao tentar sair moviam mecanismos gerando corrente. De fude né?
O fato é que uma pessoa dessa envergadura mental não poderia passar ileso na Terra. Além de ficar na mão do palhaço desde moleque com várias doenças que o afligiram, no morre não morre lascado, por 9 meses na cama, também comeu o pão que o diabo amssou com energia braçal quando cresceu. Trabalhou em subempregos para poder se sustentar. Foi sacaneado pelos bambambans do Mundo Contemporãneo e ludibriado pelos negócios: não conseguiu jogar o jogo do sucesso e foi despedido da companhia que levava seu nome. Acusado de ser louco.
Queria energia elétrica grátis para todo mundo. Morreu querendo, falido, só, e com um monte de pombas nojentas fiéis ao seu lado.
Seus trabalhos foram confiscados por aqueles que sempre o subestimaram. Leia-se: governo e exército dos EUA (agora conta a novidade).
De uma família de prodígios -o pai fazia exercícios para estimular o raciocínio do Teslinha durante todo o dia, a mãe era de uma família de inventores e desenvolvia suas próprias ferramentas e dispositivos de costura e cozinha-o irmão mais velho foi quem sempre se destacou nas exatas.
Consumido pela inveja acertou a bunda de um cavalo enquanto seu irmão cavalgava e este então caiu para trás e morreu. Tesla passou o resto de sua vida carregando essa culpa.
Podemos dizer que Tesla tava carregado de energia negativa para só agora a ciência o enxergar positivamente, aparecendo em livros didáticos e unidade de medida física.


quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Porque o Lula e a Dilma tomaram um soco na cara do ganhador do Nobel


Porque eles se acham espertos criando bolsa família, bolsa copa, bolsa presídio, bolsa o raio que o parta! Não é preciso ser muito inteligente pra saber que tudo isso é um engodo eleitoreiro dos mais baixos e falidos. Se plano de governo fosse tática de box, Lula já tinha tomado um jab de esquerda no meio da fuça. Porquê? Olha o que eu li ontem no livro Criando um Negócio Social, desse cara da foto:, o Muhammad Yunus:

"Mesmo os programas mais beneficentes, bem-intencionados e bem-concebidos, produzem o efeito inevitável de tirar a iniciativa daqueles que recebem os benefícios: as pessoas pobres que se tornam dependentes da caridade não se sentem incentivadas a caminhar com os próprios pés."

O cara que disse isso, é nada mais nada menos, que o ganhados do Nobel da Paz em 2006 pelo magnífico Grameen Bank, um banco fundado por ele com sistema de microcrédito que tira milhares de pessoas da linha da pobreza, o que fez o microcrédito ser disseminado ao redor do mundo em parceria com grandes empresas, tornando-o viável, rentável e inaugurando um novo setor na economia, o novíssimo setor 2,5 que diz com todo o embasamento que o capitalismo pode ser diferente: trazendo lucro e avanço social.

Portanto, fico satisfeita de saber que não é preciso ganhar um Nobel pra entender a palhaçada que vive a massa brasileira. Até na miséria que vivem em Bangladesh, há capacidade de raciocínio no povo que não aceita nada de mão beijada. Acordem!

domingo, 24 de outubro de 2010

Eu nunca vi esse filme antes



Sabe quando você valoriza um momento e descobre que é muito provável que o tenha superestimado e se sente uma lunática?
Lembra quando você era criança e engoliu um caroço de azeitona e algum adulto te disse que ia crescer um pé daquilo na tua barriga? Daí você começa a imaginar a planta monstruosa crescendo dentro de seu corpo, atingindo a cabeça e vazando seus ramos pelas orelhas, boca e ouvidos e pensa: vou morrer.
E a sensação que bagunçaram sua gaveta de meias e roubaram um pé justo das mais confortáveis e agora só restou a outra que nem pro saci dá pra doar. Fazer o quê com uma coisa que só dá pra usar de dupla?
O dia que os batimentos do seu coração ficaram tão acelerados que precisou fazer um eletrocardiograma pra descobrir que não se toma 3 colheres de sopa de extrato de guaraná quando a dose normal é uma colherzinha de café.
Quando foi à uma balada sozinha e se divertiu como nunca porque ao mesmo tempo que você era invisível era personagem do seu prórpio filme, que atuava, dirigia, escrevia e depois lembrava de tudo com uma puta trilha sonora e direção de arte graças às luz ambiente e cenário adequados.
Puxa...Quanta coisa eu já fotografei com a mente. Muito filme queimado também.
Eu só queria fazer um post sobre algo, como todos os outros, mas quando alguém despenca na sua prateleira o assunto no máximo se resume a se pôr no lugar.
Fotos mentais, cenas cortadas dos bastidores, testes e sinopses do que ainda vai estreiar.

Sem censura: tem gente que não é gente, é estilo de vida.
E eu nunca vi esse filme antes. Juro!